O tráfico de influência foi o responsável pela queda da ministra chefe da Casa Civil Erenice Guerra. As denúncias envolvendo o filho da ministra, Israel Guerra, publicadas hoje pela Folha de São Paulo aceleraram o processo ao tornar sua situação insustentável.
Pela manhã Erenice reuniu-se com o presidente Lula, depois de ter conversado com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins. Pouco antes, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, havia pedido o afastamento imediato da ministra.
Ontem quem defendeu o afastamento foi o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, enquanto a oposição entregava um pedido de investigação à Procuradoria Geral da República.
A reportagem da Folha de São Paulo dizia que Israel teria pedido comissão 5% por crédito no BNDES para conseguir a liberação de um empréstimo de R$ 9 bilhões. Além disso, a reportagem publicada pela revista "Veja" mostrava que o filho de Erenice seria lobista da Master Top Airlines junto aos Correios.
Com a saída de Erenice, assume a Casa Civil a coordenadora geral do Programa de Aceleração do Crescimento [PAC], Míriam Belchior.
