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Economia reduz ritmo e cresce 6,7% no terceiro semestre, afirma IBGE

09 dezembro 2010 - 11h35Por Redação Douranews/com bol

A economia brasileira cresceu 6,7% no terceiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2009, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (9).

A alta do PIB (Produto Interno Bruto) vem reduzindo o ritmo. No primeiro trimestre, foi de 9% e, no segundo, de 8,8%. O crescimento atual foi o menor desde o primeiro trimestre do ano passado.

Na comparação com o trimestre anterior, o crescimento do PIB brasileiro foi de 0,5%. Também houve uma redução no crescimento nesse tipo de comparação. No primeiro trimestre, havia subido 2,7% e, no segundo, 1,2%.

No acumulado deste ano, até setembro, o PIB subiu 8,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Em valores, o PIB alcançou R$ 937,2 bilhões no terceiro trimestre deste ano.

Na comparação com o segundo trimestre, os serviços foram o setor que tiveram o melhor desempenho, com alta de 1%. Indústria (-1,3%) e agropecuária (-1,5%) sofreram quedas.

Nos serviços, as maiores elevações foram na intermediação financeira e seguros (3,1%), comércio (1,4%) e serviços de informação (1,2%). A atividade "outros serviços" cresceu 0,6%, seguida por administração, saúde e educação pública (0,4%), atividades imobiliárias e aluguel (0,3%) e transporte, armazenagem e correio (0,2%).

Comparação com 2009

Em relação ao terceiro trimestre de 2009, apesar de desacelerar, a indústria foi o setor que mais cresceu, com alta de 8,3%. Também em desaceleração, agropecuária e serviços tiveram elevações, respectivamente, de 7% e 4,9%.

Na indústria, as maiores expansões ocorreram na extrativa mineral (16,6%) e na construção civil (9,6%), esta última, devido, em grande parte, à expansão do crédito, de acordo com o IBGE.

A taxa da agropecuária (7%) pode ser, em grande parte, explicada por dois fatores, segundo o IBGE: aumento da produtividade e desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no trimestre.

É o caso do café, do trigo, da cana-de-açúcar e da laranja, com estimativas de aumento de produção em 2010 de 18%, 14,2%, 6,0% e 3,9%, respectivamente.

Todas as atividades dos serviços (4,9%) registraram variações positivas, com destaque para intermediação financeira e seguros (11,4%), comércio atacadista e varejista (9%) e transporte, armazenagem e correio (7,5%). Os serviços de informação cresceram 4%, e a atividade "outros serviços" (que além dos serviços prestados às empresas, engloba também serviços prestados às famílias, saúde mercantil, educação mercantil, serviços de alojamento e alimentação, serviços associativos, serviços domésticos e serviços de manutenção e reparação) cresceu 2,9%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país durante certo período. Isso inclui do pãozinho até o apartamento de luxo.

O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é levada em conta. No caso de um pão, a farinha de trigo usada não entra na contabilidade.

Um carro de 2009 não é computado no PIB de 2010, pois o valor do bem já foi incluído no cálculo daquele outro ano.

O primeiro fator que influencia diretamente a variação do PIB é o consumo da população. Quanto mais as pessoas gastam, mais o PIB cresce. Se o consumo é menor, o PIB cai.

O consumo depende dos salários e dos juros. Se as pessoas ganham mais e pagam menos juros nas prestações, o consumo é maior e o PIB cresce. Com salário baixo e juro alto, o gasto pessoal cai e o PIB também. Por isso os juros atrapalham o crescimento do país.

Os investimentos das empresas também influenciam no PIB. Se as empresas crescem, compram máquinas, expandem atividades, contratam trabalhadores, elas movimentam a economia. Os juros altos também atrapalham aqui: os empresários não gastam tanto se tiverem de pagar muito pelos empréstimos para investir.

Os gastos do governo são outro fator que impulsiona o PIB. Quando faz obras, como a construção de uma estrada, são contratados operários e é gasto material de construção, o que ele eleva a produção geral da economia.

As exportações também fazem o PIB crescer, pois mais dinheiro entra no país e é gasto em investimentos e consumo.

 

 

 

 

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