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Denúncias fragilizam relator-geral da Comissão de Orçamento

07 dezembro 2010 - 19h07Por Redação Douranews, com Agência Brasil

O relator-geral da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Gim Argello (PTB-DF), pode perder ainda hoje (7) o apoio da base governista para permanecer no cargo. A líder do governo no Congresso, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), disse à Agência Brasil que a situação do senador pode ser revista, a depender de "desdobramentos" que ocorrerão ainda na tarde de hoje. Ao tomar conhecimento das declarações da líder, o próprio Argello disse que "não sabe se quer permanecer [na relatoria do Orçamento]”.

Cabe à líder do governo no Congresso tratar exclusivamente dos interesses do Executivo na tramitação do projeto do Orçamento. "Eu conversei com o Gim pela manhã e ele afirmou que não quer ser impedimento na tramitação da matéria", disse Ideli.

Na parte da manhã, Ideli reuniu-se também com o presidente da comissão, Waldemir Moka (PMDB-MS), e o vice-líder do governo no Congresso, Gilmar Machado (PT-MG), para avaliar a situação de Argello na relatoria-geral da comissão. A aprovação do orçamento segundo a senadora, já é um tema complexo, mesmo quando há consenso. "Imagine com um problema desses."

Ideli Salvatti lembrou que, há um ano, a Controladoria-Geral da União (CGU) investiga "problemas ocorridos com a destinação de verbas orçamentárias para patrocínio de eventos". Na Comissão Mista de Orçamento, foi detectada uma série de emendas ao orçamento de 2011 na rubrica de patrocínio de eventos, não só para o setor de turismo, mas, também, para cultura.

Diante disso, informou Ideli, os parlamentares aprovaram um projeto de lei que transforma as chamadas emendas de eventos em investimentos em infraestrutura. De acordo com a senadora, o objetivo era justamente evitar que problemas como os constatados agora se repetissem no Orçamento de 2011.

No início da tarde, o DEM protocolou na comissão requerimento para que Argello fosse afastado do cargo. Às 18h, o PSDB reunirá sua bancada no Senado e o assunto deve constar da pauta, informou o vice-líder, Álvaro Dias (PR).

O jornal O Estado de S. Paulo publicou reportagens, no domingo (5) e ontem (6), acusando Argello e alguns deputados de usar suas emendas individuais para patrocínio de eventos por empresas fantasmas ou dirigidas por laranjas, ou seja, pessoas cujo nome serve para esconder o verdadeiro dirigente de entidades e instituições.

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