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Acusado de pedofilia, juiz se recusa responder à CPI

26 novembro 2010 - 09h55Por Redação Douranews

O ex-juiz do Trabalho de Tefé-AM, Antônio Carlos Branquinho,  acusado de abusar sexualmente de crianças e adolescentes durante o período em que exerceu o cargo e que foi preso e afastado da função após a Polícia Federal encontrar material pornográfico em sua casa se recusou a responder à maioria das perguntas feitas pelos senadores da CPI da Pedofilia, que investiga o caso.

Ele insistiu em manter o silêncio mesmo quando o presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), o confrontou, durante cerca de meia hora, com fotografias que o próprio juiz Branquinho teria feito, mostrando cenas de orgias com crianças na cidade de Tefé.

Em certo momento da entrevista, o senador perguntou; "E essas 3, 4 meninas, tudo dentro do motel o senhor bateu essas fotos aqui, essa criança fumando aqui, essa adolescente aqui, foi o senhor que deu bebidas para elas e cigarros?", recebendo de Branquinho a resposta: ""Eu prefiro ficar em silêncio, senador". (

Magno Malta, em outros momentos pergunta: "O senhor conhece esse cidadão aqui?" - Branquinho: "Eu prefiro ficar em silêncio, senador." Magno Malta: "O senhor conhece esse cidadão fazendo sexo oral com uma criança, ela..." O ex-juiz repete: "Eu prefiro ficar em silêncio, senador."

O senador capixaba insiste mais ainda:  "Esse cidadão é o senhor?", recebendo a repetitiva resposta: "Eu prefiro ficar em silêncio, senador. ", irritando Magno Malta, que afirma: "É o senhor, é o senhor."

Logo após a apresentação das fotos, a CPI fechou a reunião para que fosse exibido aos senadores imagens de vídeos envolvendo o ex-juiz na prática de pedofilia. As imagens deixaram indignados os parlamentares, entre eles o relator do caso, José Nery, do Psol do Pará. "Uma coisa é você ouvir dizer a outra coisa é você ver. São tão deploráveis essas imagens que não apenas revoltam não apenas nos deixam perplexos mas também deve nos comprometer em trabalhar, atuar, em todas as instâncias, todos os lugares, em todas as tarefas e em todas as funções, para fazer da defesa do direito à vida, à integridade física, mental, social de crianças e adolescentes uma missão", desabafou José Nery.

Antônio Carlos Branquinho chegou a entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal para não ser obrigado a comparecer à CPI, mas o pedido do ex-juiz foi negado pelo STF.