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Brasil

Polícia e Marinha se unem contra o crime organizado no Rio

25 novembro 2010 - 16h14Por Redação Douranews, com Ag. Reuters
Veículos blindados da Marinha com metralhadoras e fuzileiros navais se uniram nesta quinta-feira à polícia do Rio de Janeiro nas operações contra o crime organizado, no quinto dia da onda de violência que já deixou ao menos 23 mortos e assusta a cidade.

O alvo da principal operação das forças de segurança é a favela Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, zona norte, um dos grandes redutos de criminosos da facção criminosa acusada de comandar os ataques a veículos e alvos polícias esta semana em vários pontos da cidade, informou a polícia.

Seis veículos militares blindados da Marinha, que nunca foram usados nos combates em favelas da cidade, vão transportar soldados do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) para o interior da favela. Na quarta-feira, o blindado do Bope, conhecido como "caveirão", teve dificuldades para entrar na favela devido a barricadas construídas pelos criminosos.

Outras barreiras foram erguidas nos caminhos para chegar à favela nesta quinta-feira, e um carro foi incendiado no principal acesso da Avenida Brasil para o Complexo da Penha, impedindo a passagem de carros, mostraram imagens de TV ao vivo. As tropas, no entanto, já tinham passado.

Imagens de TV também mostraram o início da ação com os veículos blindados superando barricadas, ao som de disparos de tiros.

"O objetivo de hoje é assumir o território novamente que foi tomado pelo tráfico. Estamos tomando esse local e retirando da sociedade essa situação de refém do tráfico", afirmou o coronel Álvaro Rodrigues, comandante do Estado-Maior da PM e chefe da operação. Segundo o coronel, a operação não tem prazo para acabar.

Ao menos 55 veículos, entre carros, ônibus e vans, foram incendiados pelos criminosos desde domingo, quando foi deflagrada a onda de ataques a veículos e alvos policiais na cidade e região metropolitana. Só nesta quinta-feira, foram 14 veículos queimados, incluindo um ônibus em que o motorista levou um tiro na cabeça por ter se recusado a parar o coletivo. Ele foi levado para um hospital em estado grave.

De acordo com a PM, morreram 23 pessoas em confrontos com policiais em três dias de operações em favelas, com mais de mil homens envolvidos, em reação aos ataques. Nesta quinta, a polícia permanece com ações em diversas comunidades controladas pelo crime organizado, além da Vila Cruzeiro.