Um grupo de deputados defende uma correção de pouco mais de 18%, o que corresponde à inflação dos últimos quatro anos. O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), afirmou que essa não é uma prioridade da Mesa Diretora, mas lembrou que a Constituição prevê um reajuste nos vencimentos de deputados e senadores no início de cada legislatura.
Nesse caso, os atuais parlamentares devem definir o percentual que passará a vigorar a partir de fevereiro do ano que vem. Heráclito Fortes não quis adiantar o tamanho do reajuste, mas descartou qualquer valor considerado absurdo. “O Poder Legislativo não pode dar o mal exemplo de um aumento estratosférico, mas os parlamentares não podem também viver sem reajuste, já que o valor dos salários já duram há algum tempo”.
Para Fortes é preciso que se encontre uma solução que “não seja prejudicial para os parlamentares que assumirão na próxima legislatura, mas também que não seja um aumento que gere um dominó na questão salarial”, completa.
O diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, afirmou que o orçamento do Congresso Nacional para 2011 poderá ter dinheiro para o reajuste dos salários dos parlamentares. “Só tem sentido em falar em orçamento depois de aprovado o Orçamento Geral da União. Mas é possível fazer um remanejamento para contemplar o reajuste nos subsídios dos parlamentares”, defendeu.
Atualmente, deputados e senadoores recebem um salário de 16 mil e 500 reais, além das verbas destinadas ao exercício do mandato.
