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Vinicius de Moraes é declarado embaixador, 30 anos depois de morto

16 agosto 2010 - 21h57

Na tentativa de reverter uma decisão tomada na ditadura, o governo brasileiro resolveu homenagear o poeta, escritor, compositor e diplomata Vinicius de Moraes. Nascido em 1913, o poeta morreu em 1980. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em ano eleitoral,  decidiu prestar a homenagem post mortem ao diplomata Vinicius de Moraes durante solenidade no Ministério das Relações Exteriores, realizada na segunda-feira (16 de agosto).

Vinicius foi promovido ao cargo de embaixador (ministro de primeira classe). Em 1968, foi aposentado compulsoriamente por meio do Ato Institucional (AI) nº 5 sob a alegação de que seu comportamento boêmio não condizia com a carreira pública. Segundo amigos, na época, Vinicius não se conformou com a decisão e deixou claro ter ficado magoado. Por 26 anos, ele atuou na diplomacia brasileira, em geral em atividades burocráticas, servindo em Los Angeles (Estados Unidos), Paris (França) e Roma (Itália).

A aposentadoria de Vinicius foi publicada quando ele fazia um espetáculo em Lisboa (Portugal) com Chico Buarque de Hollanda e Nara Leão. Na primeira vez que tentou ingressar no Itamaraty, ele foi reprovado na prova de seleção. A aprovação só ocorreu na segunda tentativa.

Amigo de poetas como Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, numa primeira fase, Vinicius fez uma série de parcerias ao longo da vida artística. Foi um dos precursores da bossa nova registrando uma das uniões mais bem-sucedidas na área musical: Vinicius e Tom Jobim. No final da vida, o principal parceiro dele era Toquinho. Mas Vinicius também fez letras de chorinho em parcerias com Pixinguinha.

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