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STJ afasta governador do Rio para tentar frear organização criminosa no Estado

28 agosto 2020 - 12h28

O ministro Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), determinou na manhã desta sexta-feira (28) o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel das funções. Ele afirmou que a medida tem o objetivo de frear a liderança de Witzel na organização criminosa que promoveu desvios de recursos da saúde no estado, e também os impactos da engenharia criminosa nos cofres públicos do Rio de Janeiro.

Na decisão, obtida pela TV Globo, o ministro negou um pedido de prisão do governador, feito pela Procuradoria-Geral da República. Gonçalves afasta Witzel do governo por 180 dias, impede que ele frequente as dependências do governo do Estado e mantenha contato com funcionários. Para o ministro, o afastamento é suficiente para tentar parar as ações criminosas.

"Na forma exposta pelo MPF, ainda, a medida de afastamento serve para obstar que continue liderando a referida organização criminosa e a dilapidar o Erário do Estado do Rio de Janeiro, extremamente combalido em razão do grande histórico de casos de desvio de recursos públicos e corrupção envolvendo os governadores anteriores", escreveu o ministro.

"Os fatos não só são contemporâneos como estão ocorrendo e, revelando especial gravidade e reprovabilidade, a abalar severamente a ordem pública, o grupo criminoso agiu e continua agindo, desviando e lavando recursos em pleno pandemia da Covid-19, sacrificando a saúde e mesmo a vida de milhares de pessoas, em total desprezo com o senso mínimo de humanidade e dignidade, tornando inafastável a prisão preventiva como único remédio suficiente para fazer cessar a sangria dos cofres públicos, arrefecendo a orquestrada atuação da ORCRIM", destacou o ministro do STJ na decisão.

Pastor Everaldo preso

Na mesma decisão, como parte da Operação Tris in Idem, que também determinou o afastamento do cargo do governador Wilson Witzel (PSC-RJ), o pastor Everaldo Pereira, presidente nacional do PSC, foi preso no apartamento dele no Rio, no bairro Recreio dos Bandeirantes.

Policiais federais e uma procuradora chegaram por volta de 6 horas da manhã ao apartamento do político, na Zona Oeste do Rio. Em um carro da PF, o pastor saiu de lá por volta das 7h45. Às 8h25, ele chegou na sede da Polícia Federal no Rio, na Praça Mauá.

O nome da operação é uma referência ao terceiro governador que, segundo os investigadores, faz uso de um esquema semelhante de corrupção – em menção oculta aos ex-governadores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.

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