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Brasil não muda tratamento, diz ministro sobre pandemia do coronavírus

11 março 2020 - 21h44

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, declarou nesta quarta-feira (11) que a organização elevou o estado da contaminação pelo novo coronavírus como pandemia. O anúncio surge quando há mais de 115 países com casos declarados de infeção, conforme repercute a Agência Brasil de notícias.

A mudança de classificação não se deve à gravidade da doença, e sim à disseminação geográfica rápida que o Covid-19 tem apresentado. "A OMS tem tratado da disseminação [do Covid-19] em uma escala de tempo muito curta, e estamos muito preocupados com os níveis alarmantes de contaminação e, também, de falta de ação [dos governos]", afirmou Adhanom no painel que trata das atualizações diárias sobre a doença. "Por essa razão, consideramos que o Covid-19 pode ser caracterizado como uma pandemia", explicou durante conferência de imprensa em Genebra.

Adhanom disse que mudança ocorre depois que, nas últimas duas semanas, o número de casos fora da China se multiplicou por 13. Para evitar criar o pânico, ele acrescentou que "não podemos dizer isto de forma mais clara ou contundente porque todos os países podem mudar o curso desta pandemia", ao recomendar calma no tratamento do assunto.

O diretor-geral para situações de emergência, Mike Ryan, sublinhou por sua vez que a utilização da palavra "pandemia" é meramente descritiva da situação e "não altera em nada aquilo que estamos fazendo".

Um dos casos mais preocupantes é o do Irã. A OMS considera que a situação no país é "muito grave" e apelou para maior vigilância e maiores cuidados dos doentes. A organização considera que os iranianos estão fazendo o que podem, mas enfrentam falta de material e de equipamentos médicos. A OMS enviou 40 mil testes nas últimas 24 horas, mas os suprimentos são "muito, muito escassos" e está difícil encontrar fornecedores.

No Brasil

Na Câmara dos Deputados, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que a declaração de pandemia não muda as medidas no Brasil. O país continua com o monitoramento das áreas atingidas e com as iniciativas e protocolos já anunciados. Ele participou de comissão geral na casa, onde apresentou a deputados informações sobre as ações do governo acerca do problema.

O número de casos confirmados no Brasil chegou a 52. O novo número foi divulgado pelo Ministério da Saúde no fim da tarde desta quarta, na segunda atualização publicada no dia. O novo balanço marca um pulo de 15 casos em relação ao divulgado mais cedo, quando o sistema havia contabilizado 37 casos no país.

A maioria das novas pessoas infectadas veio de São Paulo, que saiu de 19 no balanço divulgado mais cedo para 30. O Rio de Janeiro foi de 10 para 13 casos confirmados. Brasília subiu de uma para duas pessoas nessa situação. Além desses estados, já tiveram casos identificados a Bahia e o Rio Grande do Sul (2), além de Alagoas, Minas Gerais e Espírito Santo (1). Entre as duas atualizações, os casos suspeitos saíram de 876 para 907. Já os casos descartados também aumentaram, de 880 para 935.