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Cervejeiro diz que componente químico não é normal na fabricação artesanal

10 janeiro 2020 - 19h17Por Agência Brasil

O presidente da Abracerva (a Associação Brasileira das Cervejarias Artesanais), Carlo Lapolli, disse nesta sexta-feira (10) que a substância dietilenoglicol raramente é usada na produção de cervejas. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, exames laboratoriais realizados em amostras de dois lotes da cerveja Belorizontina, da fabricante catarinense Backer, indicam que o produto pode ter sido contaminado pelo anticongelante, causando a morte de uma pessoa e a internação de outras sete, em Minas Gerais.

Lapolli observou que, devido a suas propriedades anticongelantes, o dietilenoglicol costuma ser empregado em sistemas de refrigeração, por vários segmentos produtivos. E que também pode ser encontrado em radiadores de veículos. No entanto, segundo o dirigente da entidade que representa parte dos fabricantes de cerveja, dos fornecedores de matéria-prima e de pontos de venda da bebida, a indústria cervejeira costuma optar por outros produtos.

“Quase a totalidade das cervejarias artesanais utiliza álcool etílico [como anticongelante], ou seja, o álcool puro, que não oferece nenhum tipo de risco de contaminação caso entre em contato com a cerveja”, explicou Lapolli.

Ainda de acordo com Lapolli, as investigações sobre as causas da contaminação, que levou oito pessoas a serem internadas em hospitais da região metropolitana de Belo Horizonte e de Juiz de Fora, com insuficiência renal aguda e alterações neurológicas centrais e periféricas, terão que apontar como e em que momento as cervejas da Backer foram contaminadas pelo dietilenoglicol.

“Essa é uma pergunta que terá que ser respondida, já que a própria cervejaria Backer afirma que não utiliza o dietilenoglicol em sua fábrica”, disse Lapolli.

Em duas notas já divulgadas à imprensa, a Backer assegurou que a substância não faz parte de seus processos de produção. Ainda assim, por precaução, a empresa acatou a decisão de recolher os lotes L1 1348 e L2 1348, dos quais faziam parte as amostras testadas pela Polícia Civil.

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