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Nova fase da Lava Jato apura propina paga a ex-ministros

21 agosto 2019 - 12h49

A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta quarta-feira (21) a 63ª fase da Operação Lava Jato. Segundo a PF, são cumpridos dois mandados de prisão temporária e 10 mandados de busca e apreensão em São Paulo e na Bahia. De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), os alvos de prisão são o ex-executivo do Grupo Odebrecht Maurício Ferro e o advogado Nilton Serson. Bernardo Gradin, ex-presidente da Braskem, é alvo de buscas.

Segundo o MPF, a ação desta quarta visa identificar quem foram os beneficiários de R$ 118 milhões pagos pela Braskem, por meio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, entre 2005 e 2013. De acordo com o MPF, a Braskem, a mando do ex-diretor jurídico Maurício Ferro, pagou R$ 78 milhões ao advogado Nilton Serson por meio de 18 contratos fictícios de advocacia.

As investigações identificaram que Serson também recebeu do setor responsável pelo pagamento de propinas da Odebrecht outros US$ 10 milhões em contas mantidas no exterior.

Segundo o MPF, a operação busca aprofundar as investigações dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados às MPs (medidas provisórias) 470 e 472, que concederam o direito de pagamento de débitos fiscais sobre o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) com a utilização de prejuízos fiscais de exercícios anteriores. A investigação aponta que pelo menos um desses contratos tratava das discussões envolvendo o crédito de IPI.

O MPF informou que as investigações partiram de uma ação penal que apura o pagamento de R$ 50 milhões como contrapartida para a edição de MPs. Segundo a PF, esta fase investiga a suspeita de pagamentos periódicos por parte da Odebrecht a dois ex-ministros identificados na planilha do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira como "Italiano" e "Pós-Itália". Em depoimento, Marcelo Odebrecht afirmou que "Italiano" se referia ao ex-ministro Antônio Palocci e "Pós-Itália" era Guido Mantega.

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