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Brumadinho seis meses depois: Bombeiros ainda procuram por 22 desaparecidos

25 julho 2019 - 17h51

Seis meses depois, o trabalho dos bombeiros no rompimento da barragem 1, da Vale, na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), ocorrido no dia 25 de janeiro deste ano, tem sido exaustivo e com momentos de muita tristeza. Para o porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara, são seis meses de uma operação muito complexa, que exige em termos logísticos e humanos, mas também é um período em que a população tem visto claramente o compromisso e o envolvimento da corporação com a dor das famílias.

Segundo o tenente, nesse tempo, foram localizadas 270 vítimas e, dessas 248 foram identificadas, o que dá aproximadamente quase 92%, patamar que era considerado impossível, para muitos especialistas internacionais. Ainda há 22 pessoas desaparecidas. Na visão dele, só foi possível alcançar esse índice de localização graças a um trabalho de muita dedicação. Durante os seis meses houve investimento no aprimoramento da inteligência operacional empregada, revolvendo menos de 10% do rejeito a partir das análises, do cruzamento de dados, da verificação de onde estavam as pessoas, como foi o fluxo e a velocidade da lama e onde ficou retida.

“Ainda estamos com 22 pessoas desaparecidas. Na atual fase da operação trabalhamos no sentido de compreender como a gente pode definir as áreas prioritárias de busca, onde há maior possibilidade de encontrar as vítimas e a partir das que já foram levantadas, a gente fazer um trabalho direcionado nesse foco”, disse à Agência Brasil.

Aihara afirmou ser muito importante destacar que a operação continua e emprega diariamente mais de 150 agentes. Desde o dia 25 de janeiro não houve interrupções no trabalho dos bombeiros tanto em melhores como em piores condições. O compromisso, conforme o porta-voz, é achar todas as vítimas ou, então, encerrar a operação quando não houver mais viabilidade técnica para as buscas.

“A gente atua hoje com mais de 100 máquinas pesadas como retroescavadeiras e com mais de 150 bombeiros militares por dia. Agora a gente trabalha em uma área de 4 milhões de m², volume de rejeitos de 10,5 milhões m³ e hoje existem mais de 25 frentes simultâneas de trabalho para conseguir inspecionar todos os locais em um mesmo momento”, revelou o tenente.

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