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Brasil

Tereza Cristina entra no circuito para tentar evitar greve de caminhoneiros

21 abril 2019 - 11h38

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, volta a ser protagonista da dianteira no Governo Bolsonaro, e, juntamente com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, vai se reunir com líderes de caminhoneiros nesta semana para dar encaminhamento às medidas apresentadas pelo governo e debelar uma possível paralisação, já prevista para o dia 29 deste mês.

O caminhoneiro Wallace Landim, conhecido como Chorão — um dos principais líderes da greve do ano passado — e outras lideranças vão ao Espírito Santo com o chefe da Infraestrutura para acompanhar a implementação do Documento de Transporte Eletrônico (DT-e). O estado é uma espécie de piloto para a implementação da ferramenta, que trará informações integradas, como nota fiscal, distância da viagem e cálculo do piso mínimo de frete em cima da distância, bem como o vale pedágio, o valor da estadia para carga e descarga e o próprio contrato da viagem.

O sucesso e a replicação da guia eletrônica é avaliada entre os principais líderes como a resposta que pode tranquilizar os autônomos mais indignados, como Wanderlei Alves, o Dedéco, que tem como base os estados da região Sul. A leitura é de que, somente com propostas concretas, a categoria poderá se entender e deliberar pela necessidade de uma paralisação ou não. Internamente, há uma disputa entre as lideranças que começou nas últimas eleições. Dedéco e Chorão foram candidatos a deputado federal pelo Podemos, no Paraná e em Goiás, respectivamente, e perderam.

A pressão interna rachou de vez as lideranças e, agora, Chorão e outros autônomos tentam resgatar a confiança para evitar que a promessa de paralisação de Dedéco desencadeie um efeito dominó. “Ficam com ciúmes, mas não estamos vendo sigla partidária. O que estou fazendo é apenas trabalhar e mostrar o que está sendo feito”, rebateu Chorão. A ideia é que, com a apresentação de resultados nesta semana, consiga convencer outras lideranças a demoverem a ideia de uma greve.

O caminhoneiro esteve com Tereza e Freitas na quarta-feira negociando até outras pautas que nem foram apresentadas pelo governo na terça-feira, como o destravamento de contratos diretamente entre autônomos e embarcadores, eliminando do processo a necessidade de transportadoras. A ministra está articulando junto à CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e à CNI (Confederação Nacional da Indústria) e prometeu a Chorão desburocratizar entraves que vêm impedindo que cooperativas de autônomos busquem cargas diretamente na Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento), conforme repercute o Correio Braziliense.