Menu
Buscarquarta, 24 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
22°C
Brasil

Governo começa a debater volta das 8 horas diárias e incentivo às demissões

12 março 2019 - 13h05

O secretário estadual de Administração e Desburocratização, Roberto Hashioka, recebeu, nesta segunda-feira (11), representantes dos servidores para discutir a restituição da jornada normal de trabalho (8 horas/dia) e o PDV (Plano de Desligamento Voluntário), propostas já anunciadas pelo Governo para assegurar o equilíbrio das contas do Estado.

Cumprindo o compromisso de diálogo com os servidores, todos os sindicatos estão sendo ouvidos. Neste primeiro dia, o Governo do Estado recebeu 17 sindicatos que apresentaram as particularidades de cada categoria, informa a assessoria da pasta. Outros 17 serão recebidos nesta terça-feira (12), ao longo de todo o dia.

“O Estado tem a missão de entregar os serviços para a população e se nós não pudermos contar com os nossos servidores que no passado cumpriam 40 horas, a demanda exigiria novas contratações, e estamos acima do limite prudencial. Com isso, não se permite novas contratações, então temos que trabalhar hoje com quem recebe para cumprir 40 horas”, explicou Hashioka.

Segundo o secretário, essas medidas têm como objetivo reduzir despesas e assegurar maior eficiência na prestação de serviço à população. Na prática, os servidores vão voltar a cumprir a jornada de 40 horas semanais (8 horas por dia), para o qual fizeram concurso, igualando a carga dos demais trabalhadores brasileiros. A medida atingirá 32,5% dos servidores ativos, que em 2004 tiveram o horário de trabalho reduzido para 6 horas/dia.

Pesquisa realizada em janeiro deste ano mostra que 93% da população é favorável ao expediente integral nos órgãos públicos. O Ibrape ouviu 893 pessoas nas quatro maiores cidades do Estado: Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá.

Os sindicalistas também foram informados sobre o PDV. O Governo do Estado vai discutir o programa com os sindicalistas, antes de encaminhar o projeto para a Assembleia Legislativa.

Hashioka disse que essas medidas seguem a linha administrativa adotada desde o primeiro mandato do governador Reinaldo Azambuja, de manter as finanças equilibradas e assim pagar o salário dos servidores em dia e manter os investimentos em setores essenciais, para assegurar melhor qualidade de vida à população.

Seis estados brasileiros decretaram situação de calamidade porque gastam mais do que arrecadam. Para não ficar nessa situação, o governador Reinaldo Azambuja também renegociou a Dívida Pública estadual, instituiu um teto de gastos para os poderes, igualou a concessão dos incentivos fiscais, fez a reforma da Previdência estadual e realizou a maior reforma gerencial da história de Mato Grosso do Sul, reduzindo de 15 para nove o número de secretarias: a menor estrutura administrativa do País.