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Família diz que tinha certeza de que foi Geisel quem matou guerrilheiro

12 maio 2018 - 14h42

Irmã de um dos guerrilheiros mortos durante a ditadura militar no Brasil, a terapeuta ocupacional Eliana de Castro diz que a família sempre soube quem mandou matar o estudante de farmácia Antônio Teodoro de Castro em 1974, aos 29 anos: foi o general Ernesto Geisel, então presidente do Brasil.

Em conversa com o portal G1 nesta sexta (11), a moradora do Distrito Federal revisitou a história do irmão à luz do memorando da CIA recém-revelado pelo governo americano. O documento descreve uma reunião onde Geisel autorizou execução de opositores. "Sempre soube que tinha sido o [Ernesto] Geisel. No Brasil ninguém fazia as coisas por conta própria, o país tinha um comando", contou ela.

Preso político, o jovem cearense foi dado como desaparecido político em 1974 – mesmo com a suspeita de que ele, na verdade, tivesse sido torturado e morto com um tiro no peito na Guerrilha do Araguaia. O termo descreve o controvertido combate entre militantes do PCdoB e oficiais do Exército nas selvas do Pará, no auge da ditadura.

De acordo com levantamento do G1, ao menos 89 pessoas morreram ou desapareceram após encontro entre Geisel, o então chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações) e, logo após, presidente do Brasil, João Batista Figueiredo e os generais Milton Tavares de Souza e Confúcio Danton de Paula Avelino. Na época, ambos atuavam no Centro de Inteligência do Exército, de acordo com o relatório.