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Operação combate fraudes em fundos de pensão dos Correios

12 abril 2018 - 10h35

Agentes da PF (Polícia Federal) e do MPF (Ministério Público Federal) estão nas ruas do Rio, São Paulo e Brasília para cumprir 10 mandados de prisão contra suspeitos de fraudar os fundos de pensão Postalis (dos Correios) e Serpros (Serpro - empresa pública de tecnologia da informação). Essa é a primeira vez que a Lava Jato do Rio chega a fundos de pensão, informa o G1.

Até as 6h30 a PF já havia confirmado a prisão do empresário Arthur Pinheiro Machado, que já foi dono de corretora e tem mais de 100 empresas ligadas ao CPF dele. Arthur foi preso em São Paulo no início desta manhã. O esquema funcionava através de dois doleiros do ex-governador Sérgio Cabral, que ajudavam a trazer dinheiro em espécie oriundo do esquema de volta ao Brasil.

Por volta das 6 horas desta manhã, os agentes chegaram em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, para cumprir mandado de prisão contra Marcelo Sereno, economista que é ligado há muitos anos ao PT. Ele já foi assessor especial do Ministério da Casa Civil durante o governo Lula, na época que José Dirceu era ministro da Casa Civil. Sereno já exerceu cargo de confiança na refinaria de Manguinhos e foi secretário de Desenvolvimento, Indústria e Petróleo da prefeitura de Maricá durante o governo de Washington Quaquá.

Os agentes também tentam cumprir mandado contra Ricardo Siqueira Rodrigues, conhecido como Ricardo Grande, em um condomínio na Zona Oeste. Ele é apontado pela Polícia Federal como o maior operador de fundos de pensão no país. Também há mandado de prisão contra Patrícia Iriad, funcionária da empresa de Arthur Machado.

A Operação Rizoma investiga os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção através de fraudes que geraram prejuízos aos fundos de pensão. Ao todo são cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão. Oito mandados de prisão estão sendo cumpridos no Rio, um em São Paulo e um no Distrito Federal.

O esquema

As investigações apontam que valores oriundos dos fundos de pensão eram enviados para empresas no exterior gerenciadas por um operador financeiro brasileiro. As remessas, apesar de aparentemente regulares, referiam-se a operações comerciais e de prestação de serviços inexistentes.

Em seguida, os recursos eram pulverizados em contas de doleiros também no exterior, que disponibilizavam os valores em espécie no Brasil para suposto pagamento de propina aos gestores desse fundo.

Rizoma, na Botânica, é uma espécie de caule que se ramifica sob a terra, tratando-se de uma alusão ao processo de lavagem de dinheiro e ao entrelaçamento existente entre as empresas investigadas, conforme definição da Polícia Federal.

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