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Brasil

Ministro diz, no Rio, que quem controla território controla o voto

03 abril 2018 - 20h53

O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que o Brasil e o Rio de Janeiro precisam discutir a segurança para encontrar saída no combate à violência que hoje, em grande medida, “causa medo, desassossego e gera intranquilidade” nos brasileiros e cariocas. Para o ministro, este é um tema que tem impacto para as eleições de 2018. O ministro se mostrou mais uma vez preocupado com a influência do crime organizado na escolha dos eleitos.

“Preocupa muito porque o Rio tem, aproximadamente, 800 comunidades que vivem, infelizmente, sob o controle do crime organizado, do tráfico de drogas ou das milícias. Isso representa que, quem tem o controle do território, tem o controle do voto, e se tem o controle do voto, pode eleger inclusive os seus representantes e seus aliados”, disse o ministro. Ele foi ao Rio para participar, nesta terça (3), na sede do jornal O Globo, na região central do Rio, de um debate sobre segurança.

Segundo Jungmann, é necessário cortar este fluxo entre o controle do território, as milícias, o tráfico e as drogas. “Isso afeta a representação popular e afeta, inclusive, o funcionamento dos próprios órgãos de segurança, porque eles ficam, de certa forma, mais vulneráveis à ação, inclusive, daqueles que estão dentro do aparelho dos órgãos públicos”, apontou.

Exército nas ruas

De acordo com o ministro, o Rio de Janeiro passa por uma transição no âmbito da intervenção federal na segurança. Segundo Jungmann, as mudanças estão alterando o comando das polícias Militar e Civil, além de reequipar as duas instituições. Ele também disse que o sistema de inteligência está sendo revisto e as corregedorias estão sendo fortalecidas para garantir a punição dos desvios.

“Esse novo momento. É um momento de transição entre o que tínhamos anteriormente, que era de fato algo que não trazia a percepção nem a segurança aos cariocas, e um futuro melhor em termos de segurança e de redução da violência. Esse é um momento de transição”, afirmou. Segundo ele, está “se implantando uma nova maneira de fazer e de levar a segurança aos cariocas e ao Rio de Janeiro”.

Policiamento ostensivo

De acordo com o ministro, o esquema adotado na segurança do Rio de Janeiro atualmente é de manter modificações frequentes no planejamento das operações de segurança para surpreender o crime organizado. Isso inclui a possibilidade de as forças militares realizarem policiamento ostensivo. “Nós temos sempre que surpreender o crime. Então, se tornou-se necessário o patrulhamento ostensivo, nós vamos fazer, ele será feito em vários dias, em vários lugares, será feito no interior do estado”, afirmou. Com informações da Agência Brasil

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