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Números do Ibge mostram indicadores da participação da mulher no mercado

08 março 2018 - 11h01

A proporção de trabalhadores em ocupações por tempo parcial (até 30 horas semanais) é maior entre as mulheres (28,2%) do que entre os homens (14,1%). Isso pode estar relacionado à predominância feminina nos cuidados de pessoas e afazeres domésticos, aos quais as mulheres trabalhadoras dedicavam 73% mais horas do que os homens.

Seja no conjunto da população, seja no universo do trabalho, as mulheres são mais escolarizadas do que eles, mas o rendimento médio delas equivale a cerca de ¾ dos homens. Além disso, no Brasil, 62,2% dos cargos gerenciais (públicos ou privados) eram ocupados por homens enquanto que apenas 37,8% pelas mulheres, em 2016.

A dimensão educacional também revela a grande desigualdade existente entre as mulheres, segundo a cor ou raça: 23,5% das mulheres brancas têm ensino superior completo, um percentual 2,3 vezes maior que o de mulheres pretas ou pardas (10,4%) que concluíram esse nível de ensino.

Na vida pública do país, apesar da existência de cota mínima (30%) de candidaturas de cada sexo em eleições proporcionais estabelecida pela Lei 12.034, em 2017 as mulheres eram apenas 10,5% dos deputados federais em exercício. Esta proporção (10,5%) é a mais baixa da América do Sul, enquanto a média mundial de deputadas é 23,6%.

Na esfera estadual e distrital, 26,4% dos policiais civis e 9,8% dos policiais militares eram mulheres. Apenas 7,9% dos municípios brasileiros contavam com delegacia especializada no atendimento à mulher em 2014.

A taxa de fecundidade adolescente é um indicador que vem se reduzindo no país: de 2011 para 2016, a taxa de fecundidade entre as mulheres de 15 a 19 anos de idade caiu de 64,5 para 56,0 nascimentos a cada mil mulheres. No entanto, a desigualdade regional desse indicador é grande: no Acre, por exemplo, praticamente uma em cada dez mulheres nesse grupo etário teve filho em 2016, enquanto no Distrito Federal a maternidade chegou para apenas 4 em cada cem adolescentes.

Essas são algumas das informações do caderno ‘Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil’, que analisa as condições de vida das brasileiras a partir de um conjunto de indicadores proposto pelas Nações Unidas, publicado pelo portal da Agência de Notícias do Ibge, que compilou informações de pesquisas internas e de fontes externas para elaborar o material.

Ao longo das publicações deste dia 8 de março, data dedicada internacionalmente à luta da mulher, o Douranews vai publicar as estatísticas, com os indicadores agrupados em cinco temas: estruturas econômicas, participação em atividades produtivas e acesso a recursos; educação; saúde e serviços relacionados; vida pública e tomada de decisão; e direitos humanos das mulheres e meninas.

As informações são resultado das pesquisas do Ibge por meio da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), Projeções da População, Estatísticas do Registro Civil, da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) e da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (a Estadic), além do Ministério da Saúde, Presidência da República, Congresso Nacional, Tribunal Superior Eleitoral e do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).