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Após declarações, Segovia é demitido da Polícia Federal

27 fevereiro 2018 - 21h42

O novo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, decidiu trocar o comando da PF (Polícia Federal), que foi transferida do Ministério da Justiça para a nova pasta. Fernando Segovia será substituído pelo delegado Rogério Galloro, confirmou o jornal OGlobo.

Galloro era o preferido do ministro da Justiça, Torquato Jardim, para assumir a PF no momento em que Segovia foi nomeado, em novembro. Em troca, Torquato o escolheu para comandar a Secretaria Nacional de Justiça.

Jungmann considerava a situação de Segovia insustentável após ele afirmar, em entrevista à agência Reuters, que o inquérito que investiga o presidente Michel Temer poderia ser arquivado e que o delegado responsável pelo caso poderia ser punido.

Também contribuiu para a demissão a pressão que ele estaria fazendo para permanecer no cargo. Até governadores defenderam a permanência dele, o que acabou gerando incômodo em alguns ministros. Segovia foi intimado pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator da investigação no STF (Supremo Tribunal Federal), a se explicar sobre a entrevista.

Em um encontro com o ministro, Segovia disse que as declarações dele foram distorcidas e garantiu que não iria interferir no inquérito. Na segunda-feira (26), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu para Barroso emitir uma ordem judicial para proibir Segovia de comentar a investigação.

Nesta terça-feira (27), em um despacho, o ministro afirmou considerar que o diretor-geral estava "devidamente ciente de que deve se abster de qualquer pronunciamento" sobre o processo, de acordo com OGlobo.