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Renda do trabalhador melhora com rede de saneamento

12 agosto 2010 - 21h24

A implantação da rede de esgoto reflete positivamente na qualidade de vida do trabalhador gerando o aumento da sua produtividade e da renda, além de contribuir para a valorização dos imóveis. A pesquisa "Benefícios econômicos da expansão do saneamento básico", encomendada pelo Instituto Trata Brasil e realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), revela que a renda média e a produtividade do trabalhador em Mato Grosso do Sul cresceriam 9,9% com a universalização da rede de esgoto.
Segundo a pesquisa, apenas 56,5% dos moradores de Campo Grande são atendidos pela rede de esgoto. A capital sul-mato-grossense ocupa a 36ª posição no ranking Trata Brasil que lista a situação de 81 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. “A evolução do setor é inquestionável, mas o déficit continua. Os investimentos precisam se crescentes para reduzir o número de brasileiros que ainda não tem acesso ao saneamento básico”, esclarece o presidente do instituto, André Castro.

Por outro lado, ao ter acesso à rede de esgoto, um sul-mato-grossense aumenta sua produtividade em 9,9% permitindo assim o crescimento de sua renda na mesma proporção. A estimativa é que a massa de salários em Mato Grosso do Sul, que hoje gira em torno de R$ 15,33 bilhões, tenha um ganho de R$ 1,51 bilhão por ano.

Efeito imobiliário

A universalização do acesso à rede de esgoto pode ainda proporcionar uma valorização média nacional de até 18% no valor dos imóveis. Essa valorização terá efeitos diferenciados em cada estado da Federação, mas os estados com maior deficiência são os que teriam o maior volume de ganhos. A pesquisa estima que a valorização dos imóveis, em Mato Grosso do Sul, por exemplo, chegaria aos 9,2%.

Saúde
A pesquisa mostra ainda os efeitos da universalização do saneamento na área da saúde e revela que, por ano, 217 mil trabalhadores brasileiros precisaram se afastar de suas atividades devido a problemas gastrointestinais ligados a falta da coleta e tratamento adequado do esgoto. Somente no Mato Grosso do Sul, foram 5.762 internações, em 2009, sendo que 2.213 delas poderiam ser evitadas.

O estudo também apurou que em 2009, de acordo com o DATASUS, dos 462 mil pacientes internados por infecções gastrointestinais, 2.101 faleceram no hospital. Em Mato Grosso foram 50 mortes, dessas 33 vidas poderiam ter sido seriam salvas com a implantação do saneamento.

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