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Brasil

É preciso 'lidar com mais uma denúncia inepta', diz Temer ao justificar agenda com 42 deputados

03 outubro 2017 - 15h25Por Guilherme Mazui/G1

Com a previsão de receber 42 deputados nesta terça-feira (3) no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer afirmou nesta manhã em sua conta no Twitter que vai conversar com parlamentares de todos os partidos da sua base de apoio no Congresso Nacional para manter a "harmonia entre os poderes" e porque, segundo ele, é preciso “lidar com mais uma denúncia inepta e sem sentido”.

Na noite de segunda (2), a assessoria do Planalto divulgou a agenda do presidente com a previsão de 21 audiências, que citam a participação de 42 deputados dos principais partidos da base e de todas as regiões do país. A maratona de reuniões prevê encontros das 10h até as 21h20.

“Bom dia! Tenho o dia cheio de reuniões com parlamentares. O diálogo é fundamental para a harmonia entres os poderes. Vou conversar com representantes de todos os partidos da base, de todas as regiões do Brasil. É uma rotina que sempre mantive”, escreveu Temer na rede social.

Em seguida, o presidente destacou a necessidade de lidar com a denúncia, que foi apresentada pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Em setembro, Temer foi denunciado – junto com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) – pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

Sem citar o nome do desafeto, Temer disparou críticas indiretas contra Janot no Twitter. “Precisamos lidar com mais uma denúncia inepta e sem sentido, proposta por uma associação criminosa que quis parar o País”, enfatizou.
“O Brasil não será pautado pela irresponsabilidade e falta de compromisso de alguém que se perdeu pelas próprias ambições”, complementou.

Como a denúncia envolve o presidente da República, é preciso que a Câmara dos Deputados autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) a analisar a acusação. Esse aval depende dos votos de, ao menos, 342 dos 513 deputados.
Diante do risco de ser afastado do Palácio do Planalto por até 180 dias, Temer está empenhado na articulação para barrar o avanço da denúncia, a exemplo do que ocorreu na primeira acusação feita pela PGR, por corrupção passiva.

A romaria de parlamentares ao Planalto entra nesta articulação. O peemedebista já havia utilizado essa mesma tática na ocasião da primeira denúncia, recebendo legiões de deputados na sede do governo para afagar os aliados e, consequentemente, evitar o envio da acusação para o STF.

Integrantes da CCJ

Dos 42 deputados que devem circular nesta terça-feira no gabinete de Michel Temer no Palácio do Planalto, 13 fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara como titulares e suplentes (confira abaixo a lista completa dos integrantes da CCJ que estão na agenda do presidente).

Eles serão os responsáveis pela primeira etapa de análise da denúncia na Casa, apreciando o parecer que será elaborado pelo deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) recomendando o envio da acusação para o Supremo ou sugerindo que fique suspensa até a conclusão do mandato de Temer.

Titulares

Edio Lopes - titular - votou com o governo
André Moura - titular - votou como governo
Rogério Rosso - titular - votou com o governo
Luís Tibé - titular - não era da comissão na época, não votou
Benjamin Maranhão - titular - não votou
Daniel Vilela - titular - votou com o governo
Alceu Moreira - titular - votou com o governo
Carlos Bezerra - titular - votou com o governo

Suplentes

Rogério Peninha Mendonça - suplente - não votou
Soraya Santos - suplente - não votou
Sheridan - suplente - não votou
Hiran Gonçalves - suplente - não votou
Efraim Filho - suplente - não votou