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Brasil

TST determina efetivo mínimo de 80% voltem aos postos de trabalho nas agências dos Correios

27 setembro 2017 - 15h45Por Rodolfo César/CE

A greve de funcionários dos Correios foi para o Tribunal Superior do Trabalho (TST), que ontem à tarde concedeu liminar para determinar que o efetivo mínimo de 80% dos empregados permaneçam em seus postos. Se for descumprida a liminar, a entidade de representação dos servidores pode pagar multa diária de R$ 100 mil.

Os Correios em Mato Grosso do Sul divulgaram hoje que 15% do efetivo no Estado está parado, o que representa cumprimento da determinação do TST. São 1.252 empregados que permanecem trabalhando, enquanto 220 aderiram à greve, segundo a estatal.

O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Mato Grosso do Sul (Sintect-MS) divulgou ontem que há greve em 42 municípios.

"Parte desses municípios, cerca de 20, estão com o atendimento e distribuição totalmente parados e com as agências fechadas, enquanto nos demais a paralisação é parcial, mas comprometendo em maior ou menor grau tanto o atendimento quanto a distribuição", informou a entidade.

No Brasil, os Correios informaram que 98.350 trabalhadores (90.59%) continuam trabalhando, conforme levantamento feito hoje. "Algumas unidades a determinação do TST não está sendo cumprida", divulgou nota, sem especificar as localidades específicas.

Mesmo que no Estado a adesão seja de cerca de 15% dos empregados, isso gera impacto nos prazos para entrega de correspondências. Neste final de semana houve mutirão para tentar colocar em dia a demanda.

"Em todo o país, a rede de atendimento está aberta e todos os serviços, inclusive o SEDEX e o PAC, continuam disponíveis. Apenas os serviços com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje, Disque Coleta e Logística Reversa Domiciliária) estão com postagens suspensas", informou os Correios.

Essas interrupções de serviços não impactaram Mato Grosso do Sul. A lista de estados e cidades que não estão recebendo os serviços específicos são: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, algumas cidades do interior de São Paulo e de Pernambuco.

A última negociação feita entre os Correios e a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) foi de reajuste de 3% nos salários e benefícios a partir de janeiro de 2018 e manutenção do ACT 2016/2017. Cláusula do plano de saúde segue mediada pelo TST.

O pedido da categoria é aumento de 8% e manutenção das cláusulas constantes no atual acordo referentes a plano de saúde, ticket-refeição, garantias à mulher, entre outras questões. Hoje tem assembleias para analisar essa proposta para o biênio 2017/2018.