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Brasil

'Na iminência do caos' pode haver intervenção militar, com consentimento de um dos poderes

20 setembro 2017 - 16h20Por Joaquim Padilha

O general do Exército Brasileiro, Antonio Hamilton Mourão, não deverá ser punido pela sugestão de intervenção militar no país. A informação partiu do comandante das Forças Armadas, Eduardo Villas Bôas.

Villas Bôas disse, em entrevista com o apresentador Pedro Bial, que conversou com Mourão “para colocar as coisas no lugar, mas punição, não”. A entrevista foi exibida na noite desta terça-feira (19), na Tv Globo.

O comandante ainda afirmou que, em meio a crise política vivida no país, a possibilidade de uma intervenção militar “ocorre permanentemente”, e que “as Forças Armadas têm mandato para fazer [uma intervenção militar] na iminência do caos”.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, havia solicitado na segunda-feira (18) que o comando do Exército explicasse a conduta de Mourão, e afirmou que “medidas cabíveis a serem tomadas” foram discutidas em relação ao general.

Apesar do pedido de explicações, Villas Bôas disse que Mourão era um “grande soldado, uma figura fantástica, um gauchão”. Ocupando o posto mais alto no Exército Brasileiro, caberia ao comandante decidir o que fazer em relação ao general.

Proposta de intervenção militar

Mourão disse, na última sexta-feira (15), que “seus companheiros do Alto Comando do Exército” entendem que uma intervenção militar poderá ser adotada caso o Judiciário “não solucionar o problema político” do país.

As declarações foram feitas durante uma palestra promovida pela maçonaria em Brasília. Villas Bôas, comandante do Exército, saiu em defesa do general dizendo que ele foi mal interpretado.

Na entrevista com Bial, o comandante disse ainda que o Exército Brasileiro é autorizado pela Constituição Federal a promover uma intervenção militar “na iminência do caos”. O texto constitucional só prevê a medida, entretanto, com a aquiescência de um dos três poderes.