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É 'jogo político', diz ministro da Casa Civil sobre troca-troca na CCJ

14 julho 2017 - 15h40Por G1

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta sexta-feira (15) que as trocas de deputados na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ) é "do jogo político do Congresso Nacional". Na quinta-feira, órgão aprovou um relatório que recomenda a rejeição da denúncia por corrupção contra o presidente, após parlamentares favoráveis à investigação serem substituídos.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Padilha argumentou que os deputados substituídos fazem parte de partidos que fecharam questão contra a denúncia. "Como havia alguns que não tinham facilidade de assimilar essa orientação partidária, eles foram substituídos. Colocaram-se outros que tinham colocação garantida, pq iriam lá responder conforme a orientação do partido."

O ministro afirmou que a troca de integrantes da comissão pela liderança dos partidos está prevista no regimento interno da Câmara. "Absolutamente normal, do jogo político do Congresso Nacional", disse.

Com o objetivo de derrotar o parecer de Zveiter na comissão, partidos aliados ao Palácio do Planalto fizeram, desde que a denúncia chegou à Câmara, 26 remanejamentos entre os integrantes do colegiado, substituindo deputados que haviam indicado voto contra Michel Temer.

O troca-troca gerou protestos e críticas por parte da oposição e de parlamentares dissidentes da base.

Conquistar parte do PSDB

Na entrevista, Padilha disse que o governo vai buscar conquistar a parte do PSDB que não tem apoiado o governo Temer. Na quinta-feira (14) cinco dos sete parlamentares do partido na CCJ votou contra o governo
"Queremos ver ainda se podemos conquistar a outra parte que não está apoiando o governo, no caso do PSDB, no caso do PSB, a mesma coisa, queremos ver se conseguimos conquistar a parte que ainda não está apoiando o governo", disse Eliseu Padilha durante entrevista à rádio Gaúcha, ao ser questionado sobre uma eventual reforma ministerial para acomodar os partidos mais fieis ao governo.

O PSB passou para oposição em maio, e tem defendido a renúncia de Temer . Na quinta-feira, dois dos quatro integrantes da legenda na CCJ favoráveis.

Após a vitória na comissão, Padilha, afirmou que "agora, o problema está com a oposição".

'Problema da oposição'

"O problema deixou de ser do governo, nosso problema era na Comissão de Constituição e Justiça, que era tirar um parecer que rejeitasse um pedido de recebimento da denúncia. Foi rejeitado. Agora, o problema é da oposição", afirmou em entrevista à rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (14).

Agora, a votação deve acontecer no Plenário. Será aprovado se tiver o apoio de pelo menos dois terços do total de 513 deputados, ou seja, 342 votos. Se isso acontecer, será autorizada a instauração do processo no Poder Judiciário.

Na contabilidade do ministro da Casa Civil, o governo tem mais de 260 votos: 207 de PMDB, PP, PR, PRB e PSD, partidos que fecharam questão contra a denúncia, e conta com metade da bancada do PSDB (46 deputados), do PSB (36) e do DEM (29), além de parte "expressiva" do Podemos (15).

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