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Polícia conclui que conversa gravada de Temer com Joesley não foi editada

24 junho 2017 - 11h40

A PF (Polícia Federal) concluiu nesta sexta-feira (23) a perícia do áudio gravado durante uma conversa entre o presidente da República, Michel Temer, e o empresário Joesley Batista, dono da JBS. A defesa de Temer alegou que a gravação possui mais de 50 trechos editados e solicitou a perícia da PF. Na conversa, Temer indica dar aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba.

O relatório com a conclusão dos trabalhos de perícia que será enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) vai mostrar, segundo fontes ligadas à Polícia Federal, que é muito pouco provável que o material tenha sido editado, como sugere a assessoria do Planalto. A justificativa para as diferenças de áudio seriam um dispositivo do próprio gravador que provoca interrupções nas gravações para economia de bateria, por exemplo. Com isso, ficaria prejudicada a argumentação da defesa do presidente Temer, de que este material não poderia ser utilizado como prova no processo contra ele.

Outro ponto que pode complicar a vida do chefe do Executivo federal é que os peritos da PF conseguiram tornar audíveis vários trechos da gravação nos quais não se conseguia entender o diálogo entre o presidente e Joesley. Desta forma, podem surgir novas evidências de uma ligação mais aprofundada do peemedebista com o empresário.

De acordo com o relatório da polícia, Temer recebeu pagamentos de vantagens indevidas do grupo J&F, controlador dos frigoríficos JBS. O documento, direcionado ao ministro Edson Fachin, destaca que o ex-assessor especial de Temer, Rodrigo Rocha Loures, e o presidente receberam o pagamento indevido "remotamente, em razão de interferência ou de suposta interferência no andamento de processo administrativo em trâmite na Cade (o Conselho Administrativo de Defesa e Econômica)". Com informações do Correio Braziliense

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