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Brasil

Pedido do MPF e da defesa de Lula na ação do triplex é negado por Moro

15 maio 2017 - 12h09Por G1

A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul irá investigar o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) no caso de suposto acordo de caixa 2 realizado em 2002, na sauna de sua casa em Campo Grande, com o marqueteiro do PT, João Santana. A decisão é do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Outras 20 providências foram determinadas a partir das delações premiadas de João Santana e de sua esposa, Mônica Moura.

Por não ter mais foro privilegiado, o caso foi remetido por Fachin à esfera federal no Estado. O magistrado que assumir o processo irá apurar se realmente houve o encontro inusitado entre o ex-petista e o publicitário. “O João não conhecia o Delcídio. Chegando à casa dele, o Delcídio convidou o João para conversar na sauna. Tudo que eles conversaram a respeito de campanha foi feito com os dois sem roupa. Hoje em dia, imagino, isso era um cuidado dele em relação a gravações”, relatou Mônica Moura em sua delação à Lava Jato.

O acordo selado para a disputa pela primeira vez como senador, segundo a delatora, teve cuidados redobrados por parte do ex-petista para não ser grampeado, visto que não há como entrar com aparelhos eletrônicos em um lugar úmido como a sauna. No encontro seguinte, Mônica afirma ter acertado os valores do trabalho.O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, negou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ouvir mais testemunhas na ação penal do triplex do Guarujá, no âmbito da Operação Lava Jato, antes da fase de alegações finais.

A decisão foi publicada no sistema eletrônico da Justiça Federal por volta das 5h30 desta segunda-feira (15).
Moro afirmou que os depoimentos não são necessários. Na mesma decisão, o juiz marcou os prazos para as alegações finais. A acusação terá até o dia 2 de junho, e as defesas poderão apresentar as conclusões até o dia 20 de junho.

O processo investiga se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, recebeu R$ 3,7 milhões em propina, de forma dissimulada, da empreiteira OAS. Em troca, a empresa seria beneficiada em contratos com a Petrobras.