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Brasil

Justiça bloqueia R$ 29 milhões de cada réu da máfia do câncer

04 abril 2017 - 13h45

Os réus da Operação Sangue Frio, Adalberto Abrão Siufi, Betina Moraes Siufi Hilgert, Issamir Farias Saffar e Blener Zan, terão R$ 29 milhões em bens bloqueados cada um. Em princípio, os investigados teriam R$ 6 milhões retidos pela Justiça, mas o Ministério Público Federal entrou com recurso solicitando revisão do valor. O pedido foi aceito e o montante indisponibilizado aumentou em 360%.

Conforme as informações divulgadas pela assessoria de imprensa do MPF, o pedido para revisão do valor teve como base os documentos apreendidos durante a operação que apontaram prejuízo aos cofres públicos no valor de R$ 27 milhões. O órgão considerou ainda aplicação de multa, além da atualização monetária.

No pedido, os representantes do MPF informam ser “plenamente cabível a alteração dos valores a serem bloqueados, cumprindo-se os ditames da Lei de Improbidade, que exige bloqueio de bens que assegurem o integral ressarcimento do dano”.

Decisões

Em junho de 2014, o Ministério Público Federal havia solicitado o bloqueio de R$51.381.369,79 na conta dos acusados. O pedido chegou a ser aceito pela Justiça Federal de Campo Grande, mas os réus entraram com recurso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) e conseguiram reduzir o valor da restrição para R$ 6.344.249,99 cada um.

O MPF recorreu novamente à Justiça pedindo ampliação do valor. Com a nova decisão judicial, cada réu terá, individualmente, R$ 29.025.657,14 em bens indisponibilizados, o que totaliza R$ 116.102.628,59.

Sangue frio

A Operação Sangue Frio apurou diversas irregularidades ocorridas na Fundação Carmem Prudente de Mato Grosso do Sul (Hospital do Câncer). Contratação de empresas prestadoras de serviço de propriedade dos diretores ou vinculados à família de Adalberto Siufi; contratação de familiares para ocupar funções responsáveis pelas finanças da fundação e para ocupar altos cargos; cobrança do Sistema Único de Saúde de procedimentos de alto custo após o óbito dos pacientes; e acordo com farmácia com indício de superfaturamento foram algumas das irregularidades identificadas.