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Conselho Federal quer apuração de envolvimento de veterinários em esquemas

20 março 2017 - 12h04

O CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária) está pedindo que os CRMVs (Conselhos Regionais de Medicina Veterinária) adotem todas as providências necessárias para identificar o envolvimento de médicos veterinários nas atividades ilícitas investigadas pela Operação Carne Fraca, deflagrada pela PF (Polícia Federal) na sexta-feira (17) no País. A investigação nacional revelou que fiscais federais agropecuários e profissionais responsáveis por frigoríficos e empresas do ramo alimentício compactuavam com esquemas para facilitar a produção e venda de alimentos de origem animal adulterados e impróprios para consumo.

O presidente do CFMV, Benedito Fortes de Arruda, lembra que o SIF (Serviço de Inspeção Federal) é uma instituição centenária, respeitada mundialmente e que não deve ter sua imagem manchada por conta da má conduta de uma minoria de profissionais. “Os médicos veterinários do Ministério da Agricultura que trabalham na área de inspeção em sua maioria não compactuam com esses procedimentos e merecem todo nosso respeito e a confiança em suas atividades. Infelizmente uma minoria desrespeita a profissão e esses devem ser rigorosamente punidos na forma da lei”, afirma o presidente do CFMV.

Caso seja comprovado o envolvimento dos médicos veterinários nas irregularidades, o Conselho Federal defende a instauração de processos ético-disciplinares orientados pelos princípios do devido processo legal. Se condenados, estão sujeitos a sanções profissionais que, dependendo das apurações conduzidas pelas autoridades e pelos Conselhos Regionais, podem chegar à cassação do exercício profissional, além das punições previstas em lei. “Esse tipo de conduta é incompatível não somente com a legislação, mas também com a postura esperada de um médico veterinário segundo o que determina o Código de Ética profissional”, diz Arruda.