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Fogo destroi vegetação do banhado do Rio Formoso em Bonito

13 fevereiro 2017 - 17h10

Um incêndio, causado por uma sequência de descargas elétricas durante temporal, destruiu parte da vegetação do banhado do Rio Formoso em Bonito, interior de Mato Grosso do Sul. Por ser tratar de uma APP (Área de Preservação Permanente) naturalmente alagada, o acesso das equipes de regaste ficou prejudicado, sendo impossível apagar o fogo, que se alastrou por uma área de aproximadamente 3 mil hectares, segundo a PMA (Policia Militar Ambiental).

Além de deixar a cidade em estado de alerta, o incêndio reacendeu as discussões sobre a criação das UCs (Unidades de Conservação) na região. Pelas redes sociais alguns moradores questionaram a necessidade de uma proteção mais restritiva no banhado do rio, que é maior fonte de renda do município.

Já o secretário de Meio Ambiente do município e presidente da Fundação Amigos do Rio Formoso, Alexandre Ferro, se posicionou de forma pacificadora, afirmando que a proteção dos banhados é de extrema importância e está acima de qualquer discussão, mas que o controle das chamas só foi possível devido ao auxílio de moradores das propriedades rurais que abrigam o banhado.

Ainda segundo Ferro, as discussões sobre a criação das UCs não é prioridade da Prefeitura neste momento. “Nós estamos preocupados em sanar problemas emergenciais, como a coleta seletiva, o aterro sanitário e a estação de esgoto. Até mesmo porque, o banhado do Rio Formoso está protegido. Ele já é uma APP e é extremamente proibida qualquer atividade humana no local”, destacou.

O local ainda deve passar por perícia da PMA e do Ibama para certificar a causa do incêndio, mas segundo os policiais, a hipótese mais concreta é que o fogo foi provocado pela queda dos raios, uma vez que o início das chamas aconteceu em um local totalmente isolado. As chamas começaram na quinta-feira (9) e só foram controladas na madrugada deste sábado (11), quando ’já havia queimado o que tinha para queimar’, como relatou a PMA.

O secretário de Meio Ambiente também comentou sobre a preocupação com uma nova chuva, que pode levar as cinzas para dentro do rio, tirando a oxigenação da água, o que levaria à morte de centenas de peixes. “Nossas equipes ainda estão no local. Hoje vimos um pouco de fumaça e estamos monitorando para saber se é um novo foco ou apenas restos do incêndio. Os fazendeiros também estão de prontidão, preparados para novas intervenções. Durante esses três dias todas os proprietários fizeram o trabalho de moto-bomba, mantendo as chamas apenas de um lado do rio”. As autoridades ainda não avaliariam o impacto ambiental do sinistro.

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