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Colégio à beira de desabar em Bela Vista não é o único problema, relata pai de aluna

07 março 2018 - 16h32Por Martim Andrada/TV Morena

Quando não é o ônibus, é a a escola. São problemas diferentes, mas as crianças acabam estudando muito pouco”, o desabafo é do agricultor Eduardo de Oliveira pai de uma aluna da escola municipal Enir Monteiro Nunes Rondão, no assentamento Caracol, em Bela Vista, no sudoeste de Mato Grosso do Sul.

A insatisfação do agricultora ocorre porque sua filha, Elizabeth, está mais uma vez sem aula. A escola onde ela deveria estar estudando está fechada, foi interditada. O local mais parece uma casa de fazenda abandonada do que um colégio. A construção tem mais de 50 anos e corre o risco de desabar. As paredes estão cheias de rachaduras e esfarelando. Carteiras estão em péssimo estado, a fiação elétrica está exposta, tem muito mofo e o teto das salas de aula está cheio de goteiras.

A interdição ocorreu depois que o Ministério Público Estadual (MP-MS) constatou todas essas irregularidades em uma vistoria feita na semana passada. Além de determinar a suspensão das aulas, o órgão recomendou o remanejamento dos 90 alunos para outras escolas.

“O que mais chamou a atenção foi a questão estrutural das escolas porque, tendo em vista que o teto tem rachaduras, em condições desumanas para as crianças, pode colocar em risco, inclusive, a vida dessas crianças caso o prédio acabe desabando”, explica o promotor de Justiça Wiillian Marra.

O prefeito de Bela Vista, Reinaldo Miranda Benitez, culpou as gestões passadas e prometeu resolver a situação conversando com os pais e o MP-MS. Disse ainda que está fazendo de tudo para reformar a escola e outro colégio que apresentou problemas, o do assentamento Santa Marina, que tem 118 alunos, e está com goteiras no refeitório. “Isso vai caber aos pais também, porque local temos para realocar, como no assentamento vizinho ou até mesmo na cidade”, garante ele.

Enquanto isso, alunos como Elizabeth e Gabriel, que está no quinto ano do ensino fundamental, vão ter de esperar, sem aula.

“Ficamos triste, porque as criança têm que aprender. Ficam tanto sem aula, aí quando começam a estudar, falta tudo de novo e não tem aula”, lamenta a mãe de Gabriel, a agricultora Rosana Dias.